É o conjunto de diferentes rochas de um lugar e os processos geológicos sofridos por elas.
Escudos: primeiros núcleos de rochas que surgiram. São planaltos baixos ou depressões - formados por rochas magmáticas e metamórficas. Ex: Escudo Brasileiro
Bacias sedimentares: depressões preenchidas com sedimentos dos escudos. São a maior parte da superfície emersa da Terra. Aqui são encontrados combustíveis fósseis - carvão e petróleo. Ex: Bacia Amazônica
Dobramentos: terrenos elevados produzidos pela tectônica de placas. Geralmente ficam na borda dos continentes. Ex: Cordilheira dos Andes
Estrutura geológica no Brasil
O Brasil está inserido na Plataforma Sul-Americana. Apresenta escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos antigos.
Nossos recursos minerais estão diretamente relacionados com nossa geologia.
Terrenos arqueozóicos: Complexo Cristalino Brasileiro - rochas magmáticas (granito) e metamórficas (gnaisse);
Terrenos proterozoicos: onde estão nossas riquezas minerais - ferro (hematita), manganês (pirolusita), estanho (cassiterita), alumínio (bauxita), ouro, cobre, entre outros;
Agentes do relevo
O relevo é fruto de duas forças opostas: endógena (interna) e exógena (externa).
Agentes endógenos (formadores do relevo)
Tectonismo: deslocamentos lentos das placas tectônicas
Deslocam e deformam rochas, formando a crosta. Geram as falhas e montanhas
Vulcanismo: extravasamento do magma na superfície através das fendas, fissuras ou corpos vulcânicos
Nos pontos de encontro das placas tectônicas, são explosivos (Círculo de Fogo do Pacífico). Já quando acontecem no meio de uma placa, são não explosivos (Havaí)
Abalos sísmicos: movimento da superfície terrestre por meio de vibrações
Provocam deslocamentos, falhamentos, terremoto (terra), maremoto (mar). Propagam-se a partir do hipocentro (área de contato entre as placas), atingindo regições distantes do epicentro (ponto de contato com a superfície)
Agentes exógenos (modeladores do relevo)
Erosão: desgaste, transporte e acumulo de sedimentos
Intemperismo: processos que transformam as rochas
Ação antrópica: transformação dos espaços naturais
Erosão
marítima: linhas costeiras modeladas pelas águas do mar;
glacial: deslocamentos das geleiras;
pluvial: solos são desgastados e seu material carregado pelas águas da chuva; - fluvial: ação das águas dos rios, que transportam e acumulam material, formando vales, cânions, planicies fluviais, deltas;
eólica: mais atuânte em regiões desérticas e litorâneas e menos nas equatoriais. Vento “lixa” a rocha, acumulando e depositando em dunas e solos de Loess (muito finos e férteis);
Intemperismo
Físico: variação de temperaturas entre o dia e a noite e também nas estações do ano
Químico: associado com a ação das águas
Biológico: a partir da ação de seres vivos, como bactérias e animais
Ação antrópica
Construir cidades; desviar cursos de rios; derrubada de florestar
Ação humana altera e acelera ciclo natural
Formas de relevo
Montanhas: maioria ligadas a processos endógenos (internos);
Planaltos: resultantes de processos erosivos prolongados;
Depressões: abaixo do nível do mar (absolutas) ou dos terrenos ao redor (relativas);
Planicies: grande extensão de terreno plano ou ondulado, pouco elevado acima do nível do mar;
Formas de relevo no Brasil
Por ser antigo, nosso relevo vem sofrendo açõa dos agentes externos (água e vento), e também não apresenta altas altitudes.
Nas regiões úmidas, temos formas mais suaves e arredondas, modeladas pelas águas das chuvas, rios e cachoeiras. Ex.: serras do sudeste.
As regiões áridas possuem formas mais abruptas, causadas pela desagregação das rochas e chuvas fortes e irregulares. Ex.: sertão nordestino.
Os rios da grande rede hidrográfica brasileira são importantes agentes de erosão e sedimentação.
Relevos predonimantes: planaltos, planícies e depressões relativas.
Alguns específicos: serras (dobramentos, escarpas de planaltos); chapadas (planalto sedimentar, de topo plano e encontas escarpadas); inselbergs (saliências rochosas em regiões de clima mais árido); cuestas (um lado escarpado e outro com declive suave).
Solos
O solo é a camada mais superficial da crosta terrestre (litosfera), e é resultado do intemperismo.
Intemperismo consiste na alteração das rochas ao ter contao com outros agentes: água, ar, mudança de temperatura e seres vivos
Tipos de solo
Eluviais: decomposição de rochas no próprio local de formação
Aluviais: acúmulo de material transportado pela água e vento
Fatores do intemperismo
Clima: variação sazonal da temperatura e distribuição das chuvas
Relevo: infiltração e drenagem das águas pluviais
Fauna e flora: matéria orgânica para reações químicas
Rocha parental: sua resistência
Tempo de exposição: da rocha aos agentes
A Pedogênese (formação dos solos) ocorre quando modificações causadas pelo intemperismo tornam-se estruturais, com os minerais reorganizados. Depois a fauna e a flora modificam e movimentam materiais, mantendo o solo aerado e renovado.
Os dois processos formam o perfil do solo, estruturado sobre a rocha matriz, formando o manto de alteração.
Clima predominantemente tropical úmido e a estabilidade estrutural (sem grandes alterações desde muito tempo) faz com que a formação da cobertura dos nossos solos sejam marcados principalmente pelo fator climático.
O clima tropical também influencia a ação das chuvas no “envelhecimento” (acidificação) do solo.
Latossolos são o tipo mais representativo. Possuem coloração avermelhada, acidez elevada e ricos em argilominerais, óxidos de ferro e alumínio.
Degradação
A má utilização pode gerar a perda dos solos, que é recurso não renovável.
A erosão é o principal problema ambiental relacionados aos solos, podendo ser previnida com a proteção de cobertura vegetal.
Alta erosão dos solos causam: assoreamento (acumulo de sedimentos) de rios e nascentes, formação de voçorocas (grandes buracos de erosão), ravinas, e deslizamento de encostas.
Principais problemas: lixiviação (perda de sais minerais pela água das chuvas); laterização (lixiviação do solo em área chovosa e rica em ferro e alumínio, formando uma crosta); esgotamento dos solos (plantio inadequado torna estéreis áreas cultiváveis); salinização (alta evaporação em áreas irrigadas, acumulando sais no solo, tornando-a improdutiva); erosão (desgate e perda de detritos com a ação das chuvas e ventos);
Algumas práticas de prevenção e até reversão dos processos de degradação são: rotação de culturas, terraceamento, curvas de nível e calagem.
Desertificação
Desertificação é a degradação do solo nas regiões mais secas em decorrência das variações climáticas e atividades humanas
Principais causas segundo as Nações Unidas: sobrepastoreio, salinização por irrigação e processos de uso intensivo sem manejo adequeado.
Poucos sabem, mas existe um deserto do tamanho da Inglaterra no interior do Brasil
Só que, diferentemente de desertos naturais como o Saara ou o Atacama, o nosso foi criado pela ação humana e fica numa região densamente povoada
Processo que vem tomando grandes proporções e que provoca impactos ambientais, sociais e econômicos.
Impactos ambientais: destruição da fauna e da flora, redução dos recursos hídricos (assoreamento), perda química e física dos solos.
Gera perda na capacidade produtiva, provocando mudanças sociais como migrações (campo pra cidade por ex.).
Ações de degradação induzidas pelo homem, segundo a FAO:
das populações animais e vegetais (caça e extração de madeira); do solo (fisica - erosão e compactação pela mecanização - ou química - salinização); das condições hidrológicas da superfícia (perda da cobertura vegetal); das condições geo-hidrológicas das águas subterrâneas (modificação nas condições de recarga); da infraestrutura econômica e qualidade de vida dos assentamentos humanos.